quarta-feira, 26 de julho de 2023

crescer juntos...


SANTA MISSA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica São Pedro
Domingo, 23 de julho de 2023

[Multimídia]

Para nos falar do reino de Deus, Jesus usa parábolas. Conta histórias simples que atingem o coração de quem escuta; e esta linguagem, cheia de imagens, assemelha-se àquela que tantas vezes os avós utilizam com os netos, talvez sentando-os nos seus joelhos: assim lhes comunicam uma sabedoria importante para a vida. Pensando nos avós e nos idosos, raízes de que os mais jovens têm necessidade para se tornar adultos, quero reler as três narrações contidas no Evangelho de hoje a partir dum aspeto que têm em comum: crescer juntos.

Na primeira parábola, são o trigo e o joio que crescem juntos, no mesmo campo (cf. Mt 13, 24-30). Trata-se duma imagem que nos ajuda a fazer uma leitura realista: na história da humanidade, como na vida de cada pessoa, coexistem luzes e sombras, amor e egoísmo. Aliás, o bem e o mal encontram-se de tal modo entrelaçados que parecem inseparáveis. Esta abordagem realista ajuda-nos a olhar a história sem ideologias, nem otimismos estéreis ou pessimismos nocivos. Animado pela esperança de Deus, o cristão não é um pessimista, mas também não é um ingénuo que vive no mundo das fábulas, finge não ver o mal e diz que «tudo corre bem». Não, o cristão é realista: sabe que no mundo há trigo e joio e, ao olhar para dentro de si, reconhece que o mal não vem só «de fora», que não é sempre culpa dos outros, que não é preciso «inventar» inimigos a combater para evitar que se faça luz dentro de si mesmo. Dá-se conta de que o mal vem de dentro, na luta interior que todos travamos.

Mas a parábola põe-nos uma pergunta: Quando virmos o trigo e o joio conviverem no mundo, que devemos fazer? Como devemos comportar-nos? Na narração, os servos queriam arrancar o joio imediatamente (cf. 13, 28). É uma atitude bem-intencionada, mas impulsiva, até mesmo agressiva. Iludimo-nos de poder arrancar o mal com as nossas próprias forças, para repor a pureza. Uma tentação que nos assalta muitas vezes: uma «sociedade pura», uma «Igreja pura». Mas, para alcançar esta pureza, corre-se o risco de ser impacientes, intransigentes e até violentos com quem caiu no erro. E deste modo, junto com o joio, arranca-se também o bom grão e impede-se as pessoas de fazer um caminho, crescer, mudar. Em vez disso ouçamos o que Jesus diz: «Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa» (cf. Mt 13, 30). Como é belo este olhar de Deus, esta sua pedagogia misericordiosa, que nos convida a ter paciência com os outros, a acolher – em família, na Igreja e na sociedade – fragilidades, atrasos e limites: não para nos habituarmos resignadamente a eles, nem para os justificar, mas para aprendermos a intervir com respeito, continuando a cuidar do bom grão com mansidão e paciência. E nunca esqueçamos que a purificação do coração e a vitória definitiva sobre o mal são, essencialmente, obra de Deus. E nós, vencendo a tentação de separar o trigo do joio, somos chamados a compreender quais possam ser os melhores modos e momentos para agir.

Penso nos idosos e nos avós, que já fizeram uma longa porção de estrada na vida e, quando olham para trás, veem tantas coisas bonitas que conseguiram realizar, mas também derrotas, erros e coisas que – como se costuma dizer – «se pudessem voltar atrás, não as fariam». Hoje, porém, o Senhor vem ter connosco com uma palavra benigna, que convida a acolher o mistério da vida com serenidade e paciência, deixando a Ele o juízo e não vivendo de lamúrias e remorsos. Como se quisesse dizer-nos: «Olhai para o bom grão que brotou no caminho da vossa vida, fazei-o crescer mais, confiando tudo a Mim, que perdoo sempre: no fim, o bem será mais forte que o mal». Também para isto é um tempo abençoado a velhice: é a estação para reconciliar-se, para olhar com ternura a luz que supera as sombras, esperando com confiança que o bom grão semeado por Deus há de prevalecer sobre o joio, com o qual o demónio quis contaminar o nosso coração.

Vejamos agora a segunda parábola. O reino dos céus, diz Jesus, é a obra de Deus, que age silenciosamente nas tramas da história, parecendo uma ação pequena e invisível como um minúsculo grão de mostarda. Mas, quando este grão cresce, «torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos» (Mt 13, 32). A nossa vida, irmãos e irmãs, também é assim: vimos ao mundo pequeninos, tornamo-nos adultos, depois idosos; no início somos uma pequena semente, depois alimentamo-nos de esperanças, realizamos projetos e sonhos, o mais belo dos quais é tornar-nos como aquela árvore, que não vive para si mesma, mas para dar sombra a quem a deseja e oferecer espaço a quem quer construir o ninho. Assim a crescer juntos, nesta parábola, são, no final de contas, a velha árvore e os pássaros.

Penso nos avós: como são belas estas árvores frondosas, sob as quais os filhos e os netos constroem os seus «ninhos», aprendem o clima de casa e experimentam a ternura dum abraço. Trata-se de crescer juntos: a árvore verdejante e os pequeninos que precisam do ninho, os avós com os filhos e os netos, os idosos com os mais jovens. Irmãos e irmãs, precisamos duma nova aliança entre jovens e idosos, para que a seiva de quem tem uma longa experiência de vida humedeça os rebentos de esperança de quem está a crescer. Neste fecundo intercâmbio, aprendemos a beleza da vida, construímos uma sociedade fraterna e, na Igreja, permitimos o encontro e o diálogo entre a tradição e as novidades do Espírito.

Finalmente a terceira parábola, na qual crescem juntos o fermento e a farinha (cf. Mt 13, 33). Esta mistura faz crescer toda a massa. Jesus usa precisamente o verbo «misturar», que sugere aquela arte que é a «mística de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço» e «sair de si mesmo para se unir aos outros» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 87). Isto vence os individualismos e os egoísmos e ajuda-nos a gerar um mundo mais humano e mais fraterno. Assim hoje a Palavra de Deus é um apelo a vigiar para que, nas nossas vidas e famílias, não marginalizemos os mais velhos. Estejamos atentos para que as nossas cidades superlotadas não se tornem «concentrados de solidão»; não aconteça que a política, chamada a atender às necessidades dos mais frágeis, se esqueça precisamente dos idosos, deixando que o mercado os relegue como «resíduos não rentáveis». Não suceda que, à força de correr a toda a velocidade atrás dos mitos da eficiência e da produção, nos tornemos incapazes de abrandar para acompanhar quem sente dificuldade em aguentar o passo. Por favor, misturemo-nos, cresçamos juntos.

Irmãos, irmãs, a Palavra de Deus convida-nos a não separar, a não nos fecharmos, a não pensarmos que se consegue fazer a vida sozinhos: ela convida a crescer juntos. Ouçamo-nos, conversemos, apoiemo-nos mutuamente. Não esqueçamos os avós e os idosos: graças às suas carícias, muitas vezes voltamos a levantar-nos, retomamos o caminho, sentimo-nos amados, fomos curados interiormente. Sacrificaram-se por nós e nós não podemos apagá-los da agenda das nossas prioridades. Irmãos e irmãs, cresçamos juntos, avancemos juntos. O Senhor abençoe o nosso caminho.

Texto: Retirado do Site do Vaticano - http://www.vatican.va/ em 26/07/2023; 

Imagem: Retirada da "Google imagens" em 26/07/2023;

Um pequeno grão de areia...


Catequeses. A paixão pela evangelização -Testemunhas: Santa Teresa do Menino Jesus, Padroeira das Missões

Estão aqui diante de nós as relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira universal das missões. É bom que isto aconteça no momento em que estamos a refletir sobre a paixão pela evangelização, sobre o zelo apostólico. Portanto, hoje deixemo-nos ajudar pelo testemunho de Santa Teresa. Ela nasceu há 150 anos e, por ocasião deste aniversário, tenciono dedicar-lhe uma Carta Apostólica.

É a padroeira das missões, mas nunca esteve em missão: como se explica isto? Era uma monja carmelita e a sua vida foi marcada pela pequenez e pela fragilidade: ela definia-se “um pequeno grão de areia”. De saúde frágil, morreu com apenas 24 anos. Mas se o seu corpo estava doente, o seu coração era vibrante, era missionário. No seu “diário” conta que ser missionária era o seu desejo e que queria sê-lo não apenas durante alguns anos, mas por toda a vida, aliás até ao fim do mundo. Teresa foi “irmã espiritual” de vários missionários: do mosteiro acompanhava-os com as suas cartas, as suas orações e oferecendo sacrifícios contínuos por eles. Sem aparecer, intercedia pelas missões, como um motor que, escondido, dá a um veículo a força para ir em frente. No entanto, muitas vezes era incompreendida pelas suas irmãs monjas: teve delas “mais espinhos do que rosas”, mas aceitava tudo com amor, com paciência, oferecendo, juntamente com a sua doença, também os julgamentos e as incompreensões. E fê-lo com alegria, fê-lo pelas necessidades da Igreja, para que, como dizia, se espalhassem “rosas sobre todos”, especialmente sobre os mais afastados.

Mas agora, questiono-me, podemos perguntar-nos de onde vem todo este zelo, esta força missionária e esta alegria de interceder? Dois episódios que aconteceram antes da entrada de Teresa no mosteiro ajudam-nos a compreender melhor. O primeiro diz respeito ao dia que mudou a sua vida, o Natal de 1886, quando Deus fez um milagre no seu coração. Teresa teria completado 14 anos. Sendo a filha mais nova, em casa era mimada por todos, mas não “mal crescida”. Quando regressa da missa da meia-noite, o pai, muito cansado, não tinha vontade de assistir à abertura das prendas da filha e disse: «Ainda bem que é o último ano!» pois com 15 anos já não se fazia mais. Teresa, de natureza muito sensível e de lágrimas fáceis, fica magoada, vai para o seu quarto e chora. Mas rapidamente reprime as lágrimas, desce e, cheia de alegria, anima o pai. O que aconteceu? Que naquela noite, em que Jesus se tinha feito débil por amor, ela se tinha tornado forte de espírito – um verdadeiro milagre: em poucos instantes, tinha saído da prisão do seu egoísmo e da sua autocomiseração; começou a sentir que “a caridade lhe entrava no coração, com a necessidade de se esquecer de si mesma” (cf. Manuscrito A, 133-134). A partir de então, dirigiu o seu zelo para os outros, para que encontrassem Deus, e em vez de procurar consolar-se a si mesma, pôs-se a «consolar Jesus, [para] torná-lo amado pelas almas», porque - anotou Teresa, «Jesus está doente de amor e [...] a doença do amor não pode ser curada senão pelo amor» (Carta a Marie Guérin, julho de 1890). Eis então o objetivo do seu dia a dia: «fazer amar Jesus» (Carta a Céline, 15 de outubro de 1889), interceder a fim de que outros o amassem. Escreveu: «Gostaria de salvar almas e de me esquecer de mim mesma por elas: gostaria de as salvar inclusive depois da minha morte» (Carta ao Padre Roullan, 19 de março de 1897). Várias vezes disse: «Passarei o meu céu a fazer o bem na terra». Este é o primeiro episódio que lhe mudou a vida aos 14 anos.

E este seu zelo era dirigido sobretudo aos pecadores, aos “distantes”. O segundo episódio revela isto. Teresa toma conhecimento de um criminoso condenado à morte por delitos horríveis, chamava-se Enrico Pranzini – ela escreveu o nome: considerado culpado do assassínio brutal de três pessoas, está destinado à guilhotina, mas não quer receber os confortos da fé. Teresa leva-o a peito e faz tudo o que pode: reza de todas as maneiras pela sua conversão, para que ele, a quem com compaixão fraterna chama «o pobre diabo do Pranzini», possa ter um pequeno sinal de arrependimento e dar lugar à misericórdia de Deus, em quem Teresa confia cegamente. A execução tem lugar. No dia seguinte, Teresa lê no jornal que Pranzini, pouco antes de apoiar a cabeça no cadafalso, «de repente, tomado por uma súbita inspiração, volta-se, pega no Crucifixo que o sacerdote lhe apresentava e beija três vezes as sagradas chagas» de Jesus. A santa comenta: «Então a sua alma foi receber a sentença misericordiosa d’Aquele que declarou que no Céu haverá mais alegria por um só pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não têm necessidade de penitência!» (Manuscrito A, 135).

Irmãos e irmãs, eis o poder de intercessão movido pela caridade, eis o motor da missão. Com efeito os missionários, dos quais Teresa é padroeira, não são apenas aqueles que vão longe, aprendem novas línguas, fazem boas obras e são bons anunciadores; não, missionário é também todo aquele que vive, onde está, como instrumento do amor de Deus; que faz tudo para que, através do seu testemunho, da sua oração, da sua intercessão, Jesus passe. Este é o zelo apostólico que, recordemos sempre, nunca se realiza por proselitismo – nunca! – ou por constrição – nunca –  mas por atração: a fé nasce por atração,  não nos tornamos  cristãos por sermos forçados por alguém, não, mas por sermos tocados pelo amor. A Igreja, perante tantos meios, métodos e estruturas, que por vezes desviam do essencial, precisa de corações como o de Teresa, corações que atraem pelo amor e nos aproximam de Deus. E peçamos à santa – temos as relíquias aqui – peçamos à santa a graça de vencer o nosso egoísmo e peçamos a paixão de interceder a fim de que esta atração seja maior nas pessoas e para que Jesus seja conhecido e amado.

Papa Francisco

Audiência Geral  2023.07.06

Texto: Retirado do Site do Vaticano - http://www.vatican.va/ em 26/07/2023; 

Imagem: Retirada da "Google imagens" em 26/07/2023;

domingo, 16 de julho de 2023

Oui, le Seigneur est notre joie • Alegria ! • Chant de l'Emmanuel

ACOLHEI A SEMENTE DO REINO DE DEUS


 De novo começou a ensinar à beira-mar. Uma enorme multidão vem agrupar-se junto dele e, por isso, sobe para um barco e senta-se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar. Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos:

«Escutai: o semeador saiu a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na. Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra; mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou. Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto. Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.» E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.»
(…) E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra. Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles. Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria, mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem. Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera. Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um» ''       Mc4,1-9; 13-20
Aqui temos o Nosso maior amigo, Jesus, sobre um barco no Mar da Galileia, ensinado os seus discípulos que estão sobre a areia. Jesus no barco, mas não é derrubado pela adversidade (o mar), os discípulos em terra, mas sentem a pouca estabilidade que a areia lhes oferece, precisam de mais…Em termos de fecundidade,  o mar é cheio de vida, peixinhos, algas, etc. A areia por seu lado é árida, poucas plantas nascem e crescem sobre ela…
É neste cenário real que Jesus apresenta e explica a parábola do semeador. Jesus ensina-nos a descobrir o sucesso, e por vezes, insucesso, da sementeira. Como pode haver insucesso se a semente é muito boa? É isso, que vamos tentar descobrir…
1.Factores externos de influência, que vêm ao nosso encontro /atitude a ter perante eles:
-Distrações
A semente que caiu à beira do caminho- veio um passarinho e tomou-a. Na explicação da parábola, Jesus diz-nos que este passarinho é o demónio e  que nos rouba a semente. Na nossa caminhada, podem  corresponder às distrações que vêm até nós, e nos conseguem roubar atenção do essencial , a Palavra de Deus. Será que o facebook , twiter,os sms,os jogos, as séries televisivas, etc, me  estarão  a roubar a vida de “levezinho”? Ou será, que só lhes dedico tempo na medida certa…
-Desânimo
A semente que caiu em terreno pedregoso-cresceu, veio o calor e secou. Jesus diz-nos , que este calor resulta das tribulações e perseguições por causa da Palavra e  que vêm ter connosco. Como cedemos? É quando perdemos a força. Quando nos deixamos levar pelo desânimo (uma das maiores ciladas do demónio). Recebemos com alegria mas desfalecemos. Todos temos um telemóvel, e quando a bateria fica gasta, o que fazemos? Carregamo-la com ajuda de um carregador… Como podemos ganhar novo ânimo: rezando, como Jesus nos ensinou!
-Divisão, o pecado
A semente que caiu entre espinhos-cresceu, mas os espinhos sufocaram-na. Os espinhos são a sedução das riquezas e as restantes ambições, diz-nos Jesus. Então o que está aqui em causa é a divisão, o pecadoQueremos o bem, mas também queremos o mal. O segredo para inverter esta situação,  é  servir a Deus e aos irmãos.
2.Factores de internos
-Deus que nos habita
A semente que caiu em bom terreno- cresceu e deu fruto. As condições, as boas disposições, vêm de Deus que está em nós. Apenas cuidamos daquilo que recebemos de graça e pela Sua graçaEscutamo-La  com alegria, guardamo-La com todo coração e confiamos no milagre da vida. Esta rebenta, cresce e dá muito, e bom fruto.
-Confiança,  a  conversão torna o  nosso coração arável
Nas zonas do Douro,  onde a pedra  dos monte e colinas é moída, partida e composta pelo trabalho do homem, dá origem às melhores vinhas do mundo. Estas, resistem ao sol muito quente e dão bom fruto.
As Beiras Portuguesas, ensinaram-me que no inverno se deve afastar a terra de junto da cepa, e que mais tarde,  se deve a voltar a aproximar. Assim, o teor de humidade é o ideal, para que a raiz possa permanecer em todas as estações do ano , e dar bom fruto.
O bom podador faz milagres numa vinha. Deixemos que Deus nos pode,  limpando-nos de todo mal.
Portanto, recebendo a Palavra de Deus, a Boa Semente,  com uma nova atitude de conversão, com Fé, Alegria, Esperança, em Oração e Caridade, todo o nosso coração será de Deus um dia, e dará frutos do Reino! Todos os nossos corações serão um só, em Cristo Jesus.
Diac. José Luís Leão-2017
Imagem -retirada da "google imagens" em 16.07.2023

sábado, 1 de julho de 2023

Appelés enfants de dieu • Chant de l'Emmanuel



«Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito». Gn17, 1


Evangelho segundo São Mateus 
8,1-4.

Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma grande multidão.
Veio então prostrar-se diante dele um leproso, que Lhe disse: «Senhor, se quiseres, podes curar-me».
Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». E imediatamente ficou curado da lepra.
Disse-lhe Jesus: «Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho».

Tradução litúrgica da Bíblia

Simeão

Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego

Hino n.º 30

«Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: "Eu quero, fica curado"»

Antes de brilhar a luz divina,

não me conhecia a mim mesmo.

Vendo-me nas trevas e na prisão,

preso num lamaçal,

coberto de sujidade, ferido, com a carne inchada [...],

caí aos pés daquele que me iluminara.

E Aquele que me iluminara tocou com suas mãos

nas minhas cadeias e nas minhas feridas;

no sítio onde a sua mão tocou e onde o seu dedo chegou,

no mesmo momento se soltaram as cadeias,

daí desapareceram as feridas e toda a sujidade.

A mácula da minha carne desapareceu [...],

pois Ele tornou-a semelhante à sua mão divina.

Estranha maravilha: a minha carne, a minha alma e o meu corpo

participam da glória divina.

 

Assim que fui purificado e libertado das minhas cadeias,

eis que Ele me estende uma mão divina,

me retira completamente do lamaçal,

me abraça e Se me lança ao pescoço,

cobrindo-me de beijos (cf Lc 15,20).

E a mim, que estava completamente exausto,

e tinha perdido as forças,

põe-me aos ombros (cf Lc 15,5),

e leva-me para fora do meu inferno. [...]

 

Ele é a luz que me transporta e me sustenta;

e me conduz para uma grande luz. [...]

Ele permite-me contemplá-la, por estranha renovação,

Ele próprio me tornou a formar (cf Gn 2,7) e me arrancou à corrupção.

Concedeu-me o dom da vida imortal,

revestiu-me com uma túnica imaterial e luminosa,

e deu-me sandálias, um anel e uma coroa

incorruptíveis e eternos (cf Lc 15,22).


Texto: Retirado do Site do "Evangelho Quotidiano"- https://www.evangelhoquotidiano.org/-em 30/06/2023-Liturgia do dia.

Imagem: Retirada da "Google imagens" em 01/07/2023