domingo, 14 de dezembro de 2014

Seigneur mon secours (psaume 120)


S. Padre Pio -"A luta contra o gigante"


"(...) A luta contra o gigante
   Há dois episódios a que o Pe. Pio sempre atribuiu grande importância e sobre os quais amiúde falou com os directores espirituais. São ambos datados do período dos quinze anos, ou seja, pouco antes do ingresso no convento dos Capuchinhos, ocorrido no ano de 1903.
   São dois episódios de grande significado para o desenrolar da vida de sacerdote.
   Conhecemos bem o primeiro episódio, porque o Pe. Pio narrou-o várias vezes; em particular, referiu-o por escrito ao seu padre espiritual, Pe. Agostino, e é a partir desse relato escrito que o apresentamos aqui.
   Trata-se de uma visão. O jovem viu a seu lado um homem resplandecente , belíssimo, que o convidou: « Vem comigo, porque te convém combater como guerreiro valente». Acompanhou-o até a um campo amplíssimo: de um lado, havia homens muito belos, vestidos de cândidas vestes; do outro lado, havia pessoas de aspecto horrível, com vestes negras que lhe fazia parecer sombras escuras. De imediato Francisco viu vir ao seu encontro um homem horrível, de tamanho desmedido, tanto que tocava nas nuvens com a cabeça.
   A personagem resplandecente exortou o jovem a combater aquele gigante; Francisco rogou-lhe que o livrasse daquele embate, mas aquele disse-lhe: «Em vão resistes; tens medo de o combater. Dá-te ânimo, luta com confiança e combate com coragem; eu estarei a teu lado, ajudar-te-ei e não permitirei que te abata».
   O embate foi terrível, mas graças ao auxilio daquela personagem resplandecente, o gigante foi vencido e obrigado a fugir; atrás dele arrastou-se a flange numerosa de homens feíssimos, que fugiram no meio de grande gritaria, imprecações e urros ensurdecedores. A outra flange numerosa, pelo contrário, explodiu em vozes de júbilo e de louvor, dirigidas à personagem resplandecente que tinha ajudado Francisco na luta desigual. Chegado a este ponto, aquela personagem pôs sobre a cabeça de Francisco uma coroa de indescritível beleza; depois tirou-lha e disse-lhe: « Tenho reservada para ti uma outra coroa ainda mais bela, se souberes lutar contra aquele gigante. Ele voltará ao assalto sempre, mas tu combate sem medo; estarei sempre a teu lado para que tu o consigas vencer».
  A vida toda de Pe. Pio foi uma luta contínua contra o demónio; assaltava o padre e procurava impedi-lo de salvar almas. Frequentemente havia uma luta; por vezes, o assalto era exterior. E quando o sacerdote, cansado e exausto, cheio de nódoas negras e pancadas era, por fim,  socorrido pelos seus confrades, frequentemente confessou: «Graças ao auxilio celeste, fui sempre eu a vencer». Este episódio foi uma antecipação muito significativa do que seria o resto da vida do Pe. Pio.
   Há também um segundo episódio não menos importante, ocorrido pouco depois do anterior, mas ainda antes do jovem Francisco entrar a fazer parte dos Capuchinhos. Não é fácil falar sobre o assunto, porque neste caso o Pe. Pio esteve sempre muito renitente em fazê-lo. Disse e escreveu, várias vezes, o essencial, ou seja, que lhe tinha sido reservada uma grandíssima missão. Mas não quis especificar nada. «Uma grandíssima missão que só Tu e eu conhecemos», escrevia ele numa oração pessoal. É fácil pensar que lhe tinha sido revelado algo de específico sobre o futuro apostolado. Deduzo-o de alguns sinais; por exemplo, da grande insistência com que pediu aos superiores para ser admitido ao ministério de confessor.
   Nós, pelo desenrolar da sua vida e pelo influxo benéfico que exerceu a nível mundial, podemos bem dizer que ele desempenhou «uma missão grandíssima». Mas nada mais sabemos acerca da revelação que recebeu quando era rapaz.
   São duas visões que marcaram profundamente a vida do Pe. Pio. Nas suas lutas contra Satanás reviverá sempre o combate contra o gigante. E terá sempre presente «a grandíssima missão» que o Senhor lhe mostrou; será uma recordação que o apoiará nas suas lutas da sua longa vida, quer por causa de atrozes sofrimentos, como os estigmas, quer ainda mais por ocasião da calúnias e das sanções canónicas que lhe foram infligidas: oferecerá tudo ao Senhor como cumprimento de tal grandíssima missão. Será este o segredo da sua inalterável serenidade.
   Realismo e esperança. Eis o que escrevia a duas filhas espirituais, Maria Garzani e Raffaella Cerase:
   « Não temas o desencadear das tempestades, já que a barca do teu espírito jamais naufragará. Os céus e a terra passarão, mas a Palavra de Deus que nos assegura que quem obedece cantará vitória, jamais passará; permanecerá escrita para sempre com letras indeléveis no livro da vida: Eu serei para sempre» (EPe. III).
   «Tenhamos sempre coragem em rente ao nosso olhar que aqui, a terra, é um lugar de combate e que no Paraíso se receberá a coroa; que aqui é um lugar de prova e que lá em cima se receberá o prémio; que aqui estamos numa terra de exílio e a nossa pátria verdadeira é o céu, à qual é necessário aspirar continuamente. Habitemos nela, por isso, com fé viva, com esperança firme e com afecto ardente enquanto somos viandantes, para que um dia, quando a Deus aprouver, possamos habitá-la com a nossa pessoa» (EPe.II)."
"Retirado do livro "PADRE PIO-BREVE HISTÓRIA DE UM SANTO" de Gabreiel AMorth, p.(10-13). Editora PAULUS,2004."

13Apresentaram-lhe, então, umas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas, mas os discípulos repreenderam-nos. 14Jesus disse-lhes: «Deixai as crianças e não as impeçais de vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu.» 15E, depois de lhes ter imposto as mãos, prosseguiu o seu caminho.
16Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: «Mestre, que hei-de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?» 17Jesus respondeu-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.» 18«Quais?» - perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 20Disse-lhe o jovem: «Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?»
21Jesus respondeu: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» 22Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens.
3Jesus disse, então, aos discípulos: «Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu. 24Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.» 25Ao ouvir isto, os discípulos ficaram estupefactos e disseram: «Então, quem pode salvar-se?» 26Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível.»
« - 27Tomando a palavra, Pedro disse-lhe: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» 28Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna. 30Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros.»” M19, 13-30