segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

OS JOVENS, MISSIONÁRIOS DO EVANGELHO


Artigo retirado da Revista o " Mensageiro do Coração de Jesus" de Julho de 2013, Pe. António Coelho , s.f

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Quem é o meu próximo?


 
« O amor é prática concreta -* 25 Um especialista em leis se levantou, e, para tentar Jesus perguntou: «Mestre, o que devo fazer para receber em herança a vida eterna26 Jesus lhe disse: «O que é que está escrito na Lei? Como você 27 Ele então respondeu: «Ame o Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e com toda a sua mente; e ao seu próximo como a si mesmo28 Jesus lhe disse: «Você respondeu certo. Faça isso, e viverá29 Mas o especialista em leis, querendo se justificar, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo30 Jesus respondeu: «Um homem ia descendo de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de assaltantes, que lhe arrancaram tudo, e o espancaram. Depois foram embora, e o deixaram quase morto. 31 Por acaso um sacerdote estava descendo por aquele caminho; quando viu o homem, passou adiante, pelo outro lado. 32 O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu, e passou adiante, pelo outro lado. 33 Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e teve compaixão. 34 Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal, e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. 35 No dia seguinte, pegou duas moedas de prata, e as entregou ao dono da pensão, recomendando: ‘Tome conta dele. Quando eu voltar, vou pagar o que ele tiver gasto a mais’.» E Jesus perguntou: 36 «Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes37 O especialista em leis respondeu: «Aquele que praticou misericórdia para com ele.» Então Jesus lhe disse: «, e faça a mesma coisaLC 10,25-37

Quem é o meu próximo?

Segundo esta maravilhosa Parábola de Jesus, o meu próximo é todo aquele de quem eu me faço próximo, de todo aquele de quem eu me aproximo, e que,  olhando-o bem, sentido as suas dificuldades, me encho de compaixão por ele ou por ela.

Mas a Parábola vai mais além, depois da compaixão surge a ação. O Samaritano não ficou parado, ele agiu, inclinou-se para lhe curar as feridas com óleo e vinho, levantou-o, montou-o no seu animal,  levou-o para uma pensão e  cuidou dele como seu filho fosse, ficando com ele até ao dia seguinte. Tendo que partir, este bom Samaritano, quis assegurar que o dono da pensão cuidaria bem dele enquanto fosse necessário, pagou duas duas moedas de prata, e comprometeu-se a pagar o que fosse a mais.

Então, esta parábola mostra que ser verdadeiramente próximo  de alguém, implica alterar a nossa vida para o bem dos outros. Primeiramente é preciso um olhar amoroso, disponível  e uma escuta atenta. Depois, não ter nojo de tocar o sujo, o ensanguentado, o ferido, o mal cheiroso, o discriminado, o desanimado, o iludido, o desviado.  De seguida, estarmos dispostos a darmos o nosso tempo, a parar com os nossos afazeres e distrações, e a oferecer esse mesmo tempo ao outro; podem ser necessárias umas horas, um dia e por vezes a vida inteira. Também é preciso trabalho, assumir algum desconforto na nossa vida. Quando não formos capazes de ajudar sozinhos devemos pedir ajuda a alguém. A questão monetária pode ser necessária, mas nesta parábola surge no fim, portanto é uma questão secundária (..)

Concluo que quando nos abeiramos de algum pobre na rua, parece que dar a esmola, é  à luz desta Parábola, o menos importante. Quando nos encontramos com um Padre, um Religioso ou uma Religiosa, devemos olhar bem para eles, escutá-los, e tentarmos saber se eles estão verdadeiramente bem, pois criticá-los pelas costas, ou ignorá-los não é sinal de proximidade. Por outro lado um Padre que só prega do Altar para baixo, está muito longe de conseguir ser  próximo da sua comunidade. Também os catequistas que não se tornam próximos dos seus catequizandos, ao jeito desta Parábola, de  pouco lhes vale anunciar o Evangelho. Os Pais e  os Filhos devem  deixar-se guiar por esta Parábola para que não aconteça que o metro que os separa, seja o único que os une.

Embora esteja “omisso” nesta Parábola do Bom Samaritano, este Samaritano só consegui ser próximo, porque o outro, o ferido, o consentiu (…). Penso que é muito importante deixarmos que venham ao nosso encontro, confiar na sua ajuda, e pedindo-a mesmo se necessário, como se a Deus Pai a tivéssemos a pedir.

                                                                                                   Diác. José Luís Leão/2013