quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Homilia do Papa Francisco no Jubileu dos Catequistas em Roma


 
JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
JUBILEU DOS CATEQUISTAS
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Na segunda Leitura, o apóstolo Paulo dirige a Timóteo – e a nós também – algumas recomendações que tinha a peito. Entre elas, pede que «guarde o mandamento, sem mancha nem culpa» (1 Tm 6, 14). Fala apenas de um mandamento, parecendo querer fazer com que o nosso olhar se mantenha fixo no que é essencial na fé. De facto, São Paulo não recomenda uma multidão de pontos e aspetos, mas sublinha o centro da fé. Este centro à volta do qual tudo gira, este coração pulsante que a tudo dá vida é o anúncio pascal, o primeiro anúncio: O Senhor Jesus ressuscitou, o Senhor Jesus ama-te, por ti deu a sua vida; ressuscitado e vivo, está ao teu lado e interessa-Se por ti todos os dias. Isto, nunca o devemos esquecer. Neste Jubileu dos Catequistas, pede-se-nos para não nos cansarmos de colocar em primeiro lugar o anúncio principal da fé: o Senhor ressuscitou. Não há conteúdos mais importantes, nada é mais firme e atual. Cada conteúdo da fé torna-se perfeito, se se mantiver ligado a este centro, se for permeado pelo anúncio pascal; mas se, pelo contrário, se isolar, perde sentido e força. Somos chamados continuamente a viver e anunciar a boa-nova do amor do Senhor: «Jesus ama-te verdadeiramente, tal como és. Dá-Lhe lugar: apesar das deceções e feridas da vida, deixa-Lhe a possibilidade de te amar. Não te dececionará».
O mandamento de que fala São Paulo faz-nos pensar também no mandamento novo de Jesus: «Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 15, 12). É amando que se anuncia Deus-Amor: não à força de convencer, nunca impondo a verdade nem mesmo obstinando-se em torno de alguma obrigação religiosa ou moral. Anuncia-se Deus, encontrando as pessoas, com atenção à sua história e ao seu caminho. Porque o Senhor não é uma ideia, mas uma Pessoa viva: a sua mensagem comunica-se através do testemunho simples e verdadeiro, da escuta e acolhimento, da alegria que se irradia. Não se fala bem de Jesus, quando nos mostramos tristes; nem se transmite a beleza de Deus limitando-nos a fazer bonitos sermões. O Deus da esperança anuncia-Se vivendo no dia-a-dia o Evangelho da caridade, sem medo de o testemunhar inclusive com novas formas de anúncio.
O Evangelho deste domingo ajuda-nos a compreender o que significa amar, especialmente a evitar alguns riscos. Na parábola, há um homem rico que não se dá conta de Lázaro, um pobre que «jazia ao seu portão» (Lc 16, 20). Na realidade, este rico não faz mal a ninguém, não se diz que é mau; e todavia tem uma enfermidade pior que a de Lázaro, apesar deste estar «coberto de chagas» (ibid.): este rico sofre duma forte cegueira, porque não consegue olhar para além do seu mundo, feito de banquetes e roupa fina. Não vê mais além da porta de sua casa, onde jazia Lázaro, porque não se importa com o que acontece fora. Não vê com os olhos, porque não sente com o coração. No seu coração, entrou a mundanidade que anestesia a alma. A mundanidade é como um «buraco negro» que engole o bem, que apaga o amor, que absorve tudo no próprio eu. Então só se veem as aparências e não nos damos conta dos outros, porque nos tornamos indiferentes a tudo. Quem sofre desta grave cegueira, assume muitas vezes comportamento «estrábicos»: olha com reverência as pessoas famosas, de alto nível, admiradas pelo mundo, e afasta o olhar dos inúmeros Lázaros de hoje, dos pobres e dos doentes, que são os prediletos do Senhor.
Mas o Senhor olha para quem é transcurado e rejeitado pelo mundo. Lázaro é o único personagem, em todas as parábolas de Jesus, a ser designado pelo nome. O seu nome significa «Deus ajuda». Deus não o esquece… Acolhê-lo-á no banquete do seu Reino, juntamente com Abraão, numa rica comunhão de afetos. Ao contrário, na parábola, o homem rico não tem sequer um nome; a sua vida cai esquecida, porque quem vive para si mesmo não faz a história. E um cristão deve fazer a história; deve sair de si mesmo, para fazer a história. Mas quem vive para si mesmo, não faz a história. A insensibilidade de hoje escava abismos intransponíveis para sempre. E hoje caímos nesta doença da indiferença, do egoísmo, da mundanidade.
E há outro detalhe na parábola: um contraste. A vida opulenta deste homem sem nome é descrita com ostentação: nele, carências e direitos, tudo é espalhafatoso. Mesmo na morte, insiste em ser ajudado e pretende os seus interesses. Ao contrário, a pobreza de Lázaro é expressa com grande dignidade: da sua boca não saem lamentações, protestos nem palavras de desprezo. É uma válida lição: como servidores da palavra de Jesus, somos chamados a não ostentar aparência, nem procurar glória; não podemos sequer ser tristes ou lastimosos. Não sejamos profetas da desgraça, que se comprazem em lobrigar perigos ou desvios; não sejamos pessoas que vivem entrincheiradas nos seus ambientes, proferindo juízos amargos sobre a sociedade, sobre a Igreja, sobre tudo e todos, poluindo o mundo de negatividade. O ceticismo lamentoso não se coaduna a quem vive familiarizado com a Palavra de Deus.
Quem anuncia a esperança de Jesus é portador de alegria e vê longe, tem pela frente horizontes, e não um muro que o impede de ver; vê longe porque sabe olhar para além do mal e dos problemas. Ao mesmo tempo, vê bem ao perto, porque está atento ao próximo e às suas necessidades. Hoje o Senhor pede-nos isto: face aos inúmeros Lázaros que vemos, somos chamados a inquietar-nos, a encontrar formas de os atender e ajudar, sem delegar sempre a outras pessoas nem dizer: «Ajudar-te-ei amanhã, hoje não tenho tempo, ajudar-te-ei amanhã». E isto é um pecado. O tempo gasto a socorrer os outros é tempo dado a Jesus, é amor que permanece: é o nosso tesouro no céu, que nos asseguramos aqui na terra.
Concluindo, amados catequistas e queridos irmãos e irmãs, que o Senhor nos dê a graça de sermos renovados cada dia pela alegria do primeiro anúncio: Jesus morreu e ressuscitou, Jesus ama-nos pessoalmente! Que Ele nos dê a força de viver e anunciar o mandamento do amor, vencendo a cegueira da aparência e as tristezas mundanas. Que nos torne sensíveis aos pobres, que não são um apêndice do Evangelho, mas página central, sempre aberta diante de todos.
Praça São Pedro
Domingo, 25 de Setembro de 2016
"Retirado do site -CATEQUESE Hoje-  http://www.catequesehoje.org.br " - Um site com brasileiro com muita qualidade!

"a negrito"-Blog Catequese Missionária

Je veux chanter mes hymnes - Chant de l'Emmanuel


A Ti, poder e glória ! [Il est vivant]



A Ti poder e glória,
A Ti honra e louvor,
A Ti a majestade,
Oh Deus para sempre! 

 Oh Cordeiro Imolado,
Deste a vida por nós,
Derramaste o Teu sangue
P’ra nos salvar!

 Por isso és exaltado,
És chamado Senhor,
Tu és o Rei dos reis,
És vencedor!

Na terra e nos céus
Todos Te adorarão
Toda a língua dirá:
És o Senhor!

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Jornadas da Juventude, GMG 2000-Roma


Já passaram 16 anos, parece que foi ontem!
Maravilhosas Jornadas da Juventude !
Quando nos juntamos "Num Só", juntinho à Cruz de Jesus!
O que nasce não morre, e se morrer, viverá para sempre!
Todos juntos em Jesus, somos Jesus, seu Corpo Místico ...
É uma experiência que ninguém poderá apagar ou riscar...

Jovem, se sentes dores,
procura o Senhor, e Ele te aliviará,
Vai, parte para a Fonte da Vida!

Se está triste e não encontras sentido para a vida,
Eis que Ele está à porta e te chama,
Vem, tenho esperado por ti,
Também por ti, dei a Minha Vida...

Se achas que Deus não existe,
ralha com Ele, e diz-Lhe:
Mostra-Te, toca-me!

Se  tens Fé, reza por ti e por todos os teus irmãos do mundo:
"Pai Nosso,
Que estais no Céu,
Santificado seja o Vosso Nome,
Venha a nós o Vosso Reino,
Seja feita a Vossa vontade,
Assim na terra como no céu,
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
Perdoai as nossas ofensas,
Assim como nós perdoámos a quem nos tem ofendido,
E não nos deixeis cair em tenção, mas livrai-nos de todo mal".
Amém

Emanuel, É Deus Connosco!

"Testemunho de alguém, que encontrou Deus em si próprio e no seu próximo, nas  Jornadas  de Juventude do Ano 2000.Alguém que descobriu, que há muito que o Pai o havia  perdoado, e que esse perdão jorra pela Cruz de Jesus, do Coração de seu Amado Filho. Testemunho de alguém que sabe que Jesus Ressuscitou, que Ele Está Vivo..., que é preciso testemunha-Lo com a vida concreta, nas alegrias e tristezas,  permanecendo na Paz. Não há abismo que apague a Graça, porque Jesus venceu a morte por nós!" 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ


Cruz fiel e redentora,
Árvore nobre, gloriosa!
 Nenhuma outra nos deu
Tal ramagem, flor e fruto,
 Doces cravos, doce lenho,
 doce fruto sustentais!
 
Porto feliz preparaste
 Para o mundo naufragado
E pagaste por inteiro
O preço da redenção,
Pois o sangue do Cordeiro
Resgatou as nossas culpas.
 
Deus quis vencer o inimigo
 Com as suas próprias armas.
 A Sabedoria aceitou
O tremendo desafio
 E onde nascera a morte
 Brotou a fonte da vida.
 
Elevemos jubilosos
 À Santíssima Trindade
O louvor que Lhe devemos
 Pela nossa salvação,
 Ao Eterno Pai e ao Filho
 E ao Espírito de amor.

" Hino retirado do livro da Liturgia das Horas-dia 14 Setembro-EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ- Vésperas II"

terça-feira, 13 de setembro de 2016

«Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores».
Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te».
O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe.
Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo».
E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.


(…) Comentário do dia: Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 98


«Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»
No evangelho encontramos três mortos ressuscitados pelo Senhor de forma visível, e milhares ressuscitados de forma invisível. […] A filha do chefe da sinagoga (Mc 5,22ss), o filho da viúva de Naim e Lázaro (Jo 11) […] são símbolos dos três tipos de pecadores ainda hoje ressuscitados pelo Senhor. A menina ainda se encontrava em casa de seu pai […], o filho da viúva já não estava em casa de sua mãe, mas também ainda não estava no túmulo, […] e Lázaro já estava sepultado. […]

Assim, há pessoas com o pecado dentro do coração mas que ainda não o cometeram. […] Tendo consentido no pecado, ele habita-lhes a alma como morto, mas não saiu ainda para fora. Ora, acontece amiúde […] aos homens esta experiência interior: depois de terem escutado a palavra de Deus, parece-lhes que o Senhor lhes diz: «Levanta-te!» E, condenando o consentimento que dantes haviam dado ao mal, retomam fôlego para viver na salvação e na justiça. […] Outros, após aquele consentimento, partem para os atos, transportando assim o morto que traziam escondido no fundo do coração para o expor diante de todos. Deveremos desesperar deles? Não disse o Salvador ao jovem de Naim: «Eu te ordeno: Levanta-te!»? Não o devolveu a sua mãe? O mesmo acontece a quem atua desse modo: tocado e comovido pela Palavra da Verdade, ressuscita à voz de Cristo e volta à vida. É certo que deu mais um passo na via do pecado, mas não pereceu para sempre.

Já aqueles que se embrenharam nos maus hábitos, a ponto de perderem a noção do próprio mal que cometem, procuram defender os seus atos maus e enfurecem-se quando alguém lhos censura. […] A esses, esmagados pelo peso do hábito de pecar, albergam as mortalhas e os túmulos […] e cada pedra colocada sobre o seu sepulcro mais não é do que a força tirânica do hábito que lhes oprime a alma e os impede de se levantarem para respirar. […]

Por isso, irmãos caríssimos, façamos de tal modo que quem vive viva, e quem está morto volte à vida […] e faça penitência. […] Os que vivem conservem a vida, e os que estão mortos apressem-se a ressuscitar.


“Retirado  do site “Evangelho Quotidiano”  de 13-09-2016”

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Papa preside à canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá


Papa proclama santa Madre Teresa de Calcutá e sublinha que Igreja deve estar onde há «uma mão estendida»

Santa Madre Teresa de Calcutá: é assim que os católicos passam a partir de agora a chamar e a pedir a intercessão à fundadora das Missionárias da Caridade, figura cuja vida e ação se estenderam muito para além das fronteiras físicas e espirituais do catolicismo.

Na missa em que canonizou a mais recente santa da Igreja, celebrada esta manhã na Praça de S. Pedro, no Vaticano, o papa frisou que para os cristãos «não existe alternativa à caridade»: «Estamos chamados a por em prática o que pedimos na oração e professamos na fé».
«Como o Senhor veio até mim e se inclinou sobre mim na hora da necessidade, assim vou ao seu encontro e inclino-me sobre aqueles que perderam a fé ou vivem como se Deus não existisse, sobre os jovens sem valores e ideais, sobre as famílias em crise, sobre os doentes e os prisioneiros, sobre os refugiados e imigrantes, sobre os fracos e desamparados no corpo e no espírito, sobre os menores abandonados à própria sorte, bem como sobre os idosos deixados sozinhos. Onde quer que haja uma mão estendida pedindo ajuda para levantar-se, ali deve estar a nossa presença e a presença da Igreja, que apoia e dá esperança», vincou.
Francisco sublinhou que «seguir Jesus é um compromisso sério e ao mesmo tempo alegre; exige radicalidade e coragem para reconhecer o divino Mestre no mais pobre e colocar-se ao seu serviço. Para isso, os voluntários que servem os últimos e necessitados por amor de Jesus não esperam nenhum agradecimento ou gratificação, mas renunciam tudo isso porque encontraram o amor verdadeiro»
«Para Deus são agradáveis todas as obras de misericórdia, porque no irmão que ajudamos, reconhecemos o rosto de Deus que ninguém pode ver. Todas as vezes em que nos inclinamos para as necessidades dos irmãos, damos de comer e beber a Jesus; vestimos, apoiamos e visitamos o Filho de Deus», declarou.
Na parte final da homilia, o papa centrou-se em Madre Teresa, que «ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que "quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável". Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da Terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes da pobreza criada por eles mesmos».
«A misericórdia foi para ela o “sal”, que dava sabor a todas as suas obras, e a luz que iluminava a escuridão de todos aqueles que nem sequer tinham mais lágrimas para chorar pela sua pobreza e sofrimento», apontou, destacando que «a sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais» continua a ser hoje «um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres».
Ao mundo do voluntariado, o papa exortou a que a nova santa seja «o modelo de santidade»:  «Que esta incansável agente de misericórdia nos ajude a entender mais e mais que o nosso único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião».
«Madre Teresa gostava de dizer: "Talvez não fale a língua deles, mas posso sorrir". Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura», concluiu Francisco.
A memória litúrgica de Madre Teresa de Calcutá celebra-se anualmente a 5 de setembro, pelo que esta segunda-feira vai ser invocada como santa pela primeira vez.
Após a Eucaristia com o rito da canonização, Francisco presidiu à oração do "Angelus", invocadora da Virgem Maria, tendo recordado palavras proferidas por Santa Madre Teresa de Calcutá: «Sou albanesa de sangue, indiana de cidadania. Para aqueles que se referem à minha fé, sou uma irmã católica. Segundo a minha vocação, pertenço ao mundo. Mas quanto ao que diz respeito ao meu coração, pertenço inteiramente ao Coração de Jesus».
Na missa estiveram presentes os presidentes da Albânia, Antiga República Jugoslava da Macedónia e Kosovo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, a rainha de Espanha, o presidente dos Bektashi, fraternidade muçulmana albanesa, e o bispo da Igreja protestante de Calcutá.
No "Angelus" Francisco recordou «quantos se gastam ao serviço dos irmãos em contextos difíceis e arriscados», «especialmente as muitas religiosas que dão a sua vida sem se pouparem».
«Rezemos em particular pela irmã missionária espanhola, irmã Isabel, que foi morta há dois dias na capital do Haiti, um país tão sofrido, para o qual faço votos de que cessem tais atos de violência e haja maior segurança para todos. Recordemos também outras irmãs que, recentemente, sofreram violência noutros países», assinalou o papa.
Rui Jorge Martins
Publicado em 04.09.2016 no SNPC


"Retirado do site -CATEQUESE Hoje- http://www.catequesehoje.org.br "- Um site com brasileiro com muita qualidade!

"Atenção ao preconceito no olhar sobre a mulher"


«Na audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco continuou a sua reflexão sobre a misericórdia afirmando que a mesma "oferece dignidade". O Papa tomou o trecho do evangelho que narra o encontro de Jesus com uma mulher e onde o mestre afirma à mulher ' a tua fé te salvou':

"Quanta fé, quanta fé tinha esta mulher. Tida como impura por causa das hemorragias e, por isso, excluída das liturgias, da vida conjugal, das normais relações com os demais: era uma mulher descartada pela sociedade",a firmou o Papa.
Olhando para a atualidade Francisco convidou os crentes a "refletirem sobre o olhar como a mulher é frequentemente percebida e representada" e pediu "cuidado e atenção à comunidades cristãs" para olhares cheios de preconceitos e suspeitas que lesam a intangível dignidade da mulher".
"Jesus admirou a fé desta mulher que todos evitavam e transformou a sua esperança em salvação. Não sabemos o seu nome, mas as poucas linhas com as quais o Evangelho descreve o seu encontro com Jesus delineiam um itinerário de fé capaz de reestabelecer a verdade e a grandiosidade da dignidade de todas as pessoas", sustentou.
Na segunda parte da sua reflexão o Papa convidou os presentes a meditarem sobre o olhar de "misericordia e ternura" com que Jesus acolhe a mulher "que vai até ele meio escondida e envergonhada":
"Jesus não se limita a colhe-la mas acha-a digna de tal encontro ao ponto de lhe dirigir a sua palavra e a sua atenção com um "'coragem filha'".
Para Francisco este "‘coragem, filha’ é a expressão de toda a misericórdia de Deus por aquela mulher e por todas as pessoas descartadas. Quantas vezes nos sentimos interiormente descartados pelos nossos pecados, que tanto fizemos, que tanto fizemos. E o Senhor nos diz: ‘coragem, vem, para mim não és um descartado. Coragem filho, tu és um filho e uma filha’. Este é o momento da graça, do perdão, momento de inclusão na vida de Jesus, da Igreja, de misericórdia. Hoje todos nós, grandes ou pequenos pecadores, mas todos somos pecadores, o Senhor diz-nos: ‘vem, coragem, não estás mais descartado, eu abraço-te, eu perdoo-te’. Assim é a misericórdia de Deus. Temos que ter coragem e ir até ele, pedir perdão dos nossos pecados e seguir adiante com coragem como fez esta mulher", afirmou.»

“Retirado da -newsletter  da EDUCRIS de 01-09-2016 - newsletter@educris.com "