domingo, 28 de maio de 2023

Espírito Santo, vem, dá nos tua luz

Oração ao Espírito Santo

 

Oração ao Espírito Santo por um novo Pentecostes pessoal 

Senhor Espírito Santo, eu creio em Ti.

Eu creio que Tu és o Amor que une o Pai e o Filho.

Eu creio que Tu és Aquele que gerou Jesus

no ventre da Virgem Maria.

Eu creio que Tu és a força do alto,

prometida por Jesus aos seus discípulos.

Eu creio que Tu és o fogo que desceu

sobre os apóstolos e a Virgem Maria no Pentecostes.

 

Senhor Espírito  Santo creio que sem Ti nada posso fazer;

sem Ti, não posso responder plenamente

ao apelo de seguir Jesus e servir os meus irmãos.

Sei que te recebi no dia do meu baptismo e da minha

confirmação, mas vejo que até agora, não deixei espaço

suficiente para Ti na minha vida.

É por isso que, Senhor Espírito Santo,

neste dia eu quero abrir-te o meu coração.

Faz-me viver um novo Pentecostes pessoal.

Vem tomar posse da minha vida, do meu corpo

e da minha alma, da minha vontade, da minha inteligência,

da minha sensibilidade. Eu me entrego a Ti.

 

Guia-me, ilumina-me, e aconselha-me, apoia-me, envia-me.

Vem confirmar em mim o que deve ser fortalecido.

Vem ajudar-me a converter em mim o que precisa ser mudado.

Dá-me todos os dons que preciso para servir os meus

irmãos e arder de amor por eles.

 

Usa-me como quiseres.

Estou pronto para ser teu instrumento.

Senhor Espírito Santo, entrego-Te todas as minhas feridas,

todos os meus medos, todos os meus limites, todos os

meus egoísmos. Sê minha força na luta, minha fidelidade na

prova, minha alegria na oferta de mim mesmo. Mostra-me o

caminho para a felicidade e capacita-me a segui-lo.

Numa palavra, Senhor Espírito Santo,

sê Tu mesmo a minha santidade e torna-me

uma jubilosa testemunha de Cristo.

Espírito Santo, eu confio em Ti. Amén.

 

Oração- retirada do Forum 2022 da Comunidade Emanuel – “Na força do Espírito” – foi desenvolvido por um irmão belga da Comunidade Emanuel , o Jean-Luc Moens, que até há poucos meses era também o Moderador Internacional da Charis.

Imagem-retirada da "google imagens" em 29.05.2022

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Hino Oficial | JMJ Lisboa 2023 | Vídeo Oficial

Eis o Meu Corpo : Tomai e Comei

CARLO ACUTIS - Documentário Completo

A minha vocação é o amor

 


Catequeses. A paixão pela evangelização-Testemunhas: o monaquismo e a força da intercessão.

Continuamos as catequeses sobre as testemunhas do zelo apostólico. Começamos por São Paulo e, da última vez, vimos os mártires, que anunciam Jesus com a vida, a ponto de a entregar por Ele e pelo Evangelho. Mas existe outro grande testemunho que atravessa a história da fé: o das monjas e dos monges, irmãs e irmãos que renunciam a si, renunciam ao mundo para imitar Jesus no caminho da pobreza, da castidade e da obediência e para interceder a favor de todos. A vida deles fala por si só, mas nós poderíamos perguntar-nos: como podem pessoas que vivem no mosteiro ajudar o anúncio do Evangelho? Não seria melhor que empregassem as suas energias na missão?  Saindo do mosteiro e pregando o Evangelho fora do mosteiro? Na realidade, os monges são o coração pulsante do anúncio: a sua oração é oxigénio para todos os membros do Corpo de Cristo, a sua oração é a força invisível que sustenta a missão. Não é por acaso que a padroeira das missões é uma monja, Santa Teresa do Menino Jesus. Ouçamos como descobriu a sua vocação, escreveu o seguinte: «Compreendi que a Igreja tem um coração, um coração abrasado pelo amor. Entendi que só o amor impele os membros da Igreja à ação e que, quando este amor se apaga, os apóstolos já não anunciariam o Evangelho, os mártires já não derramariam o seu sangue. Compreendi e descobri que o amor abarca em si todas as vocações [...]. Então, com imensa alegria e êxtase de alma, clamei: Ó Jesus, meu amor, finalmente encontrei a minha vocação. A minha vocação é o amor. [...] No coração da Igreja, minha mãe, serei o amor» (Manuscrito autobiográfico “B”, 8 de setembro de 1896). Os contemplativos, os monges, as monjas: pessoas que rezam, trabalham, oram em silêncio, por toda a Igreja. E este é o amor: é o amor que se exprime orando pela Igreja, trabalhando pela Igreja, nos mosteiros.

Este amor por todos anima a vida dos monges e traduz-se na sua oração de intercessão. A tal respeito, gostaria de vos citar como exemplo São Gregório de Narek, Doutor da Igreja. É um monge arménio, que viveu por volta do ano 1000 e nos deixou um livro de orações, no qual foi derramada a fé do povo arménio, o primeiro que abraçou o cristianismo; um povo que, apegado à cruz de Cristo, sofreu muito ao longo da história. São Gregório passou quase toda a sua vida no mosteiro de Narek. Ali aprendeu a perscrutar as profundezas da alma humana e, fundindo poesia e oração, alcançou o auge tanto da literatura como da espiritualidade arménia. O aspeto que mais impressiona nele é exatamente a solidariedade universal da qual é intérprete. E entre os monges e as monjas há uma solidariedade universal:  aconteça o que acontecer no mundo, encontra lugar no coração deles e rezam. O coração dos monges e das monjas é um coração que recebe como uma antena, capta o que acontece no mundo e reza e intercede por isso. Assim vivem em união com o Senhor e com todos. E São Gregório de Narek escreve: «Tomei voluntariamente sobre mim todas as faltas, desde as do primeiro pai até àquela do último dos seus descendentes» (Livro das Lamentações, 72). E como fez Jesus os monges assumem sobre si os problemas do mundo, as dificuldades, as doenças, muitas coisas e rezam pelos outros. Estes são os grandes evangelizadores. Porque é que os mosteiros vivem fechados e evangelizam? Porque com a palavra, o exemplo, a intercessão e o trabalho diário, os monges são uma ponte de intercessão para todas as pessoas e para os pecados. Eles choram também com as lágrimas, choram pelos seus pecados – todos somos pecadores – e choram também pelos pecados do mundo, e oram e intercedem com as mãos e o coração ao alto. Pensemos um pouco nesta – permito-me a palavra – “reserva” que temos na Igreja: são a verdadeira força, a força autêntica que leva em frente o povo de Deus e disto tem origem o hábito que as pessoas têm – o povo de Deus – quando se encontra com um consagrado, uma consagrada, de dizer: “Reza por mim, ora por mim”, pois sabem que há uma oração de intercessão. Far-nos-á bem – na medida em que pudermos – visitar algum mosteiro, porque lá se reza e se trabalha. Cada um tem a própria regra, mas as mãos   estão sempre ocupadas: ocupadas com o trabalho, ocupadas com a oração. Que o Senhor nos conceda novos mosteiros, monges e monjas que levem em frente a Igreja com a sua intercessão. Obrigado.

Papa Francisco

Catequese na audiência Geral 26.04.23

Texto: Retirado do Site do Vaticano - http://www.vatican.va/ em 17/05/2023; 

Imagem: Retirada da "Google imagens" em 17/05/2023;

Testemunhas=mártires


Catequeses. A paixão pela evangelização- Testemunhas: os mártires

Falando da evangelização e do zelo apostólico, depois de ter considerado o testemunho de São Paulo, verdadeiro “campeão” de zelo apostólico, hoje o nosso olhar dirige-se não para uma única figura, mas para o exército de mártires, homens e mulheres de todas as idades, línguas e nações, que deram a vida por Cristo, que derramaram o sangue para confessar Cristo. Depois da geração dos Apóstolos, foram eles por excelência as “testemunhas” do Evangelho.

Os mártires: o primeiro foi o diácono Santo Estêvão, lapidado fora das muralhas de Jerusalém. A palavra “martírio” deriva do grego martyria, que significa precisamente testemunho. O mártir é uma testemunha, alguém que dá testemunho até derramar o sangue. No entanto, em breve o termo mártir passou a ser utilizado na Igreja para indicar quem dava testemunho até à efusão do sangue [1]. Ou seja, no início a palavra martyria indicava o testemunho dado todos os dias, mais tarde passou a ser usada para indicar quem dá a vida com a efusão.

Contudo, os mártires não devem ser vistos como “heróis” que agiram individualmente, como flores brotadas num deserto, mas como frutos maduros e excelentes da vinha do Senhor, que é a Igreja. Em particular, participando assiduamente na celebração da Eucaristia, os cristãos eram levados pelo Espírito a colocar a própria vida na base desse mistério de amor: ou seja, na constatação de que o Senhor Jesus tinha dado a sua vida por eles e, por conseguinte, também eles podiam e deviam dar a vida por Ele e pelos irmãos. Uma grande generosidade, o caminho do testemunho cristão. Santo Agostinho realça frequentemente esta dinâmica de gratidão e de reciprocidade gratuita do dom. Eis, por exemplo, o que ele pregava por ocasião da festa de São Lourenço: «São Lourenço era diácono da Igreja de Roma. Ali era ministro do sangue de Cristo e onde, pelo nome de Cristo, derramou o seu sangue. O beato apóstolo João expôs claramente o mistério da Ceia do Senhor, dizendo: “Cristo deu a sua vida por nós. Também nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3, 16). Irmãos, Lourenço compreendeu tudo isto. Compreendeu-o e pô-lo em prática. E retribuiu verdadeiramente o que tinha recebido naquela mesa. Amou Cristo na sua vida, imitou-o na sua morte» (Disc. 304, 14; pl 38, 1395-1397). Era assim que Santo Agostinho explicava o dinamismo espiritual que animava os mártires. Com estas palavras: os mártires amam Cristo na sua vida e imitam-no na sua morte.

Caros irmãos e irmãs, hoje recordemos todos os mártires que acompanharam a vida da Igreja. Como eu já disse muitas vezes, eles são mais numerosos no nosso tempo do que nos primeiros séculos. Hoje há muitos mártires na Igreja, numerosos, porque por confessarem a fé cristã são expulsos da sociedade ou vão para a prisão... São tantos! O Concílio Vaticano II lembra-nos que «o martírio, pelo qual o discípulo se torna semelhante ao mestre, que livremente aceitou a morte para a salvação do mundo, e a Ele se conforma no derramamento do sangue, é considerado pela Igreja como dom insigne e prova suprema de caridade» (Const. Lumen gentium, 42). À imitação de Jesus e com a sua graça, os mártires transformam a violência de quem rejeita o anúncio, em ocasião suprema de amor, que vai até ao perdão dos próprios algozes. Isto é interessante: os mártires perdoam sempre os algozes. Estêvão, o primeiro mártir, morreu rezando: “Senhor, perdoa-lhes, não sabem o que fazem!”. Os mártires rezam pelos algozes.

Embora só alguns sejam chamados ao martírio «todos, porém, devem estar dispostos a confessar a Cristo diante dos homens e a segui-lo no caminho da cruz no meio das perseguições, que nunca faltarão à Igreja» (ibid., 42). Mas, a perseguição é algo daquela época? Não, não: de hoje. Hoje há perseguições de cristãos no mundo, muitas, tantas! Há mais mártires hoje do que nos primeiros tempos. Os mártires mostram-nos que cada cristão é chamado ao testemunho da vida, até quando não chega à efusão do sangue, fazendo de si mesmo um dom a Deus e aos irmãos, à imitação de Jesus.

E gostaria de concluir, recordando o testemunho cristão presente em todos os cantos do mundo. Penso, por exemplo, no Iémen, uma terra há muitos anos ferida por uma guerra terrível, esquecida, que causou tantos mortos e ainda hoje faz sofrer tantas pessoas, especialmente crianças. Precisamente nessa terra houve testemunhos resplandecentes de fé, como o das irmãs Missionárias da Caridade, que ali deram a vida. Ainda hoje elas estão presentes no Iémen, onde oferecem assistência a idosos enfermos e a pessoas portadoras de deficiência. Algumas delas sofreram o martírio, mas as demais continuam, arriscam a vida, mas vão em frente. Recebem todos, de qualquer religião, porque a caridade e a fraternidade não têm fronteiras. Em julho de 1998, a Irmã Aletta, a Irmã Zelia e a Irmã Michael, a caminho de casa depois da missa, foram mortas por um fanático porque eram cristãs. Mais recentemente, pouco depois do início do conflito ainda em curso, em março de 2016, a Irmã Anselm, a Irmã Marguerite, a Irmã Reginette e a Irmã Judith foram mortas com alguns leigos que as ajudavam na obra de caridade no meio dos últimos. São os mártires do nosso tempo. Entre estes leigos assassinados, além dos cristãos, havia muçulmanos que trabalhavam com as religiosas. É comovedor ver que o testemunho do sangue pode aproximar pessoas de diferentes religiões. Nunca se deve matar em nome de Deus, pois para Ele somos todos irmãos e irmãs. Mas juntos podemos dar a vida pelos outros.

Portanto, oremos para não nos cansarmos de dar testemunho do Evangelho até em tempos de tribulação. Que todos os santos e santas mártires sejam sementes de paz e de reconciliação entre os povos, por um mundo mais humano e fraterno, à espera que se manifeste plenamente o Reino dos céus, quando Deus será tudo em todos (cf. 1 Cor 15, 28).

 Papa Francisco

Catequese na audiência geral 19.04.23

1) Orígenes, In Johannem, II, 210: «Quem quer que dê testemunho da verdade, seja por palavras ou obras, ou trabalhando de qualquer maneira a favor dela, pode chamar-se com razão testemunha. Mas o nome de testemunha (martyres) em sentido próprio, a comunidade de irmãos, impressionados pela força de espírito daqueles que lutaram pela verdade ou virtude até à morte, adquiriu o costume de o reservar àqueles que deram testemunho do mistério da verdadeira religião através da efusão do sangue».

 Texto: Retirado do Site do Vaticano - http://www.vatican.va/ em 17/05/2023; 

Imagem: Retirada da "Google imagens" em 17/05/2023;

Fica connosco, Ressuscitado

Vem salvar-nos, Senhor