domingo, 10 de julho de 2022

Como deve ser o nosso modo de agir? Como o de Jesus, cheios de compaixão!

"Se Deus é por nós, quem será contra nós. Quem nos poderá separar do amor de Deus, a angústia a fome, a espada a tribulação, a nudez (…).

Esta imagem que temos aqui, esta inspiração, é o mosaico do "Bom Samaritano" e que nos permite avançar para uma mensagem de esperança muito forte de que Jesus se ocupa de nós, toma conta de nós.

Deixamos o desafio de leres a passagem da Escritura, a parábola do Bom Samaritano, Lc 10,30-37. Depois propomos-te uma pequena meditação, um comentário do Padre Cristof Mardrique, sobre este quadro do Bom Samaritano."

“ Tomando a palavra, Jesus respondeu:«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão.Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.» " Lc 10,30-37

Neste mosaico do Bom Samaritano, nesta pintura, nada de extraordinário, nenhuma cor viva, nada que me chame o olhar. É preciso esforçar-mo-nos para tomar atenção. Esta cena é apagada, quase invisível, a caridade não faz barulho, Jesus toma conta de nós sem gritar, sem anunciar, sem projectores. Jesus toma conta de nós de uma maneira discreta, apagada e muita vezes nem se quer vemos, e o pior, é que ainda por cima duvidamos!

No quadro temos duas personagens, o Samaritano que chamamos bom, mas isso nem sequer é mencionado no Evangelho, mas no fim do diálogo  com Jesus o Evangelista diz que este fez provas de bondade para com o  próximo. Vemos também o homem que foi espancado.

Quem é este Bom Samaritano? Na sua cabeça tem um crusifário que simboliza Cristo. Normalmente  ele é representado com cores vermelhas, mas quando olhamos para as mãos do Samaritano e vemos os sinais dos cravos, então é bem claro que é Jesus Ressuscitado! O Bom Samaritano também Ele está ferido. O profeta Isaías diz,” nas suas chagas encontramos a cura”. Ele também viveu as provações como nós. Deus aproxima-se, sabe cuidar de nós com delicadeza porque Ele sabe muito bem o que é ser ferido, Ele conhece o nosso sofrimento e podemos nos aproximar Dele sem medo.

Olhamos também as mãos que estão à volta do pescoço, poderemos pensar que é uma única pessoa, que é ao mesmo tempo, o bom samaritano e o homem ferido. Há uma unidade entre os dois. Jesus não se distância, Ele abraça a nossa miséria, Ele Abraça o homem ferido.

Nós vemos o óleo que Jesus deita sobre o corpo deste homem que sofre, é o sinal da doçura de Deus, da delicadeza. Jesus diz –“ aprendam de mim que sou manso e humilde de coração”. Este óleo  que Ele deita, é símbolo da doçura de Deus quando toma conta de nós. É um detalhe deveras interessante, que Jesus não deita o óleo na ferida, a que está no ombro, Ele deita o óleo no coração. Talvez tenhamos feridas que são visíveis . Mas Jesus  também conhece as nossas feridas mais profundas, mais graves, as feridas do coração, do coração endurecido pelo nosso pecado. Este óleo sobre o coração , Jesus derrama-o sobre aquilo que faz mal, que nos dói na nossa vida, e sobre o pecado.

O Samaritano chega ao pé do homem, olha para ele, e enche-se de compaixão, Ele viu-o, olhou para ele, nos diz o texto. É incrível o olhar de Jesus  sobre este homem despojado! Este olhar está completamente desapegado do gesto de deitar o óleo. Ele olha-o e ao mesmo tempo Ele deita o óleo. O olhar de Jesus é um olhar de espera, que ama este homem que está caído, é um olhar cheio de promessas para o futuro.

Jesus está de joelhos a cuidar deste homem. Também os Evangelhos nos dizem que Jesus está de joelhos quando lava os pés aos seus discípulos, também de joelhos quando lhe pedem para lapidar a mulher apanhada em adultério, estava de joelhos na hora da agonia, quando intercedia pelo mundo, pelo homem ferido que somos todos nós. Deus está de joelhos ao pé de nós, Deus vem para nos servir, não para ser servido.

Nós damos conta que existe uma roupa, por cima do braço de Jesus, Ele apronta-se a revestir o homem que foi despojado, é o manto da graça. É manto da graça com que Deus reveste Adão e Eva depois do pecado.

Há muitas obras de misericórdia na parábola do bom samaritano, nós podemos pensar no albergue também Ele deu de comer e de beber a este homem. Reparem naquela passagem “ Eu era um estrangeiro e vós me acolheste , Eu estava nu e vós me vestiste(…).

Por fim Jesus pousa delicadamente a sua mão sobre a face do homem, um gesto delicado. Ele parece estar a acarinhar o rosto deste homem, intimidade incrível , entre Deus e este homem! É uma carícia! Nós raramente acariciámos a face de alguém, fazemos a uma criança quando chora, fazemos ao seu  cônjuge , ou no hospital para manifestar a nossa presença a um doente. Que gesto tão desconcertante de Deus!

Olhemos para este homem ferido, que está despojado dos seus vestimentos, da sua roupa,  é como se não tivesse sido respeitado na sua pessoa, no seu mistério. Foi entregue ao olhar que julga sem protecção. O Evangelho diz que o deixaram meio morto e no entanto, aqui , ele não parece muito ferido. O texto não diz que ele está muito ferido, mas que está meio morto, ele está mais morto do que vivo. A sua vida não é uma vida, ele tem os olhos fechados como num sono que faz com que ele não esteja a viver. Ele não vive plenamente, ele vai vivendo(…) Ele, como muitos é um morto vivo.

São João diz-nos que “aquele que não ama permanece na morte”. Este homem não tem vida em abundância como Deus promete. Ele está morto no seu ser, ele está morto no seu corpo, ele está morto na sua esperança.

Um ponto importante, o enfermo não recusa os cuidados do Bom Samaritano, nós vemos a sua mão direita que abraça o Bom Samaritano. É um gesto activo. Esta mão sobre o ombro de Jesus é o sinal que ele aceita ser ajudado, cuidado curado. Ele quer que tomem conta dele. Ele debateu-se na vida como tantos, e agora, ele deixa-se amar, ele não está desconfiado,  em alerta, não vá eu ser ainda mais ferido? Ele escolhe Jesus num acto de confiança, Nele, ele pode repousar, ser curado, é a sua amizade com Jesus! Jesus, em ti a minha alma repousa, diz a Escritura, do seu cansaço, do seu pecado.

Observemos estas duas personagens, os seus  olhos, as suas barbas, o seu cabelo, as suas sobrancelhas, as mãos, eles até parecem um com o outro, eles são idênticos. São as mesmas pessoas,  como se este homem que foi espancado, despojado, e de quem o Bom Samaritano quer cuidar dele,  aprende-se  também,  a ser o Bom Samaritano para tomar conta dos outros. É preciso ter experimentado a bondade de Deus por nós, ter recebido a sua Misericórdia, para sermos bondosos para com os outros, amando com o amor de Deus, com o coração de Deus.

-Há duas coisas a compreender, em primeiro lugar, Deus é bom para mim! Ele me faz bem!

-A segunda, eu faço bem pelos outros?

Deus me faz bem. Quando rezares descobre como é que Deus te olha, rezar é deixar-te olhar por Deus.

Jesus tomou este homem e colocou-o na sua montada. A Igreja diz que a montada é a cruz. Deus toma conta de nós, tomando-nos na cruz de Jesus. A cruz não é somente lugar de sofrimento, é o lugar onde apreendemos a amar, e Deus amou-nos até ao fim na cruz.

As feridas podem ser muitas, este homem deixou Jerusalém e foi para longe de Deus, foi para Jericó, para as profundezas da humanidade, Jericó a Vila mais baixa que existe, ele desce às profundezas do mal. As nossa feridas são também aquilo que os outros nos fizeram. Este homem foi humilhado, colocado à parte, as pessoas passavam com indiferença  sem o ver, sem lhe dar assistência por um olhar, abandonaram-no.

Jesus depois conduziu-o a um albergue, confiou-o à Igreja, para a Igreja cuide bem deste homem. O albergue é o símbolo da Igreja.

Pedimos a Maria, Mãe da Igreja, que nos conduza a seu Filho!"

Texto - retirado de um encontro da Comunidade Emanuel  em França,  Paray-Le-Monial em Agosto de 2020, e que foi transmitido online em  em plena pandemia do covid 19 -[ tradução-blog catequesemissionária]. 

Imagem-retirada da "google imagens" em 18.07.2022

sábado, 2 de julho de 2022

Conduis-moi dans tes chemins - Chant de l'Emmanuel


 "Na noite anterior ao dia em que Herodes contava fazê-lo comparecer, Pedro estava a dormir entre dois soldados, bem preso por duas correntes, e diante da porta estavam sentinelas de guarda à prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz. O anjo despertou Pedro, tocando-lhe no lado e disse-lhe: «Ergue-te depressa!» E as correntes caíram-lhe das mãos. O anjo prosseguiu: «Põe o cinto e calça as sandálias.» Pedro assim fez. Depois, disse-lhe: «Cobre-te com a capa e segue-me.»
 Pedro saiu e seguiu-o. Não se dava conta da realidade da intervenção do anjo, pois julgava que era uma visão. Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se abriu por si mesma. Saíram, avançando por uma rua, e logo o anjo se retirou de junto dele. Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava.»"     Act 12, 6-11

Comentário à liturgia do 14º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Ide pelas encruzilhadas e trazei todos(...)

 

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de São Pedro
Quarta-feira, 29 de junho de 2022

[Solenidade dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo]

Revive, hoje, na Liturgia da Igreja o testemunho dos dois grandes Apóstolos Pedro e Paulo. O primeiro, que o rei Herodes metera na prisão, ouve o anjo do Senhor dizer-lhe: «Ergue-te depressa» (At 12, 7); o segundo, resumindo toda a sua vida e apostolado, diz: «combati a boa batalha» (2 Tm 4, 7). Tendo diante dos olhos estes dois aspetos – erguer-se depressa e combater a boa batalha –, perguntemo-nos que podem eles sugerir à Comunidade Cristã de hoje, empenhada no processo sinodal em curso.

Antes de mais nada, os Atos dos Apóstolos falam-nos da noite em que Pedro foi libertado das correntes da prisão; um anjo do Senhor tocou-lhe o lado enquanto dormia, despertou-o e disse: «Ergue-te depressa!» (12, 7). Desperta-o e pede-lhe para se erguer. Esta cena evoca a Páscoa, porque aqui encontramos dois verbos usados nas narrações da ressurreição: despertar e erguer-se. Significa que o anjo despertou Pedro do sono da morte e o impeliu a erguer-se, isto é, a ressurgir, a sair para a luz, a deixar-se conduzir pelo Senhor para superar o limiar de todas as portas fechadas (cf. At 12, 10). É uma imagem significativa para a Igreja. Também nós, como discípulos do Senhor e como Comunidade Cristã, somos chamados a erguer-nos depressa para entrar no dinamismo da ressurreição e deixar-nos conduzir pelo Senhor ao longo dos caminhos que Ele nos quiser indicar.

Sentimos ainda tantas resistências interiores que não nos deixam pôr em marcha. Tantas resistências! Às vezes, como Igreja, somos dominados pela preguiça e preferimos ficar sentados a contemplar as poucas coisas seguras que possuímos, em vez de nos erguermos a fim de lançar o olhar para horizontes novos, para o mar alto. Muitas vezes estamos acorrentados como Pedro no cárcere do ramerrão, assustados pelas mudanças e presos à corrente das nossas habitudes. Mas, assim, cai-se na mediocridade espiritual, corre-se o risco de «ir sobrevivendo» mesmo na vida pastoral, esmorece o entusiasmo da missão e, em vez de ser sinal de vitalidade e criatividade, a impressão que se dá é de tibieza e inércia. Então, como escrevia Padre Henri de Lubac, a grande corrente de novidade e de vida, que é o Evangelho nas nossas mãos, torna-se uma fé que «cai no formalismo e na habitude, (...) religião de cerimónias e devoções, de ornamentos e vulgares consolações (...). Cristianismo clerical, cristianismo formalista, cristianismo mortiço e endurecido» (O drama do humanismo ateu. O homem diante de Deus, Milão 2017, 103-104).

O Sínodo, que estamos a celebrar, chama-nos a ser uma Igreja que se ergue em pé, não dobrada sobre si mesma, capaz de olhar mais além, de sair das suas prisões para ir ao encontro do mundo, com a coragem de abrir portas. Naquela mesma noite, insidiava outra tentação (cf. At 12, 12-17): aquela jovem assustada, em vez de abrir a porta, volta para trás contando algo que, para os presentes, só podia ser obra da sua fantasia. Abramos as portas. É o Senhor que chama. Não sejamos como Rode que voltara para trás...

Uma Igreja sem correntes nem muros, onde cada qual se possa sentir acolhido e acompanhado, onde se cultive a arte da escuta, do diálogo, da participação, sob a única autoridade do Espírito Santo. Uma Igreja livre e humilde, que «se ergue depressa», que não adia, não acumula atrasos face aos desafios de hoje, não se demora nos recintos sagrados, mas deixa-se animar pela paixão do anúncio do Evangelho e pelo desejo de chegar a todos, e a todos acolher. Não esqueçamos esta palavra: todos. Todos! Ide pelas encruzilhadas e trazei todos, cegos, surdos, coxos, doentes, justos, pecadores: todos, todos! Esta palavra do Senhor deve ressoar… ressoar na mente e no coração: todos! Na Igreja, há lugar para todos. E muitas vezes tornamo-nos uma Igreja de portas abertas, mas para despedir as pessoas, para condenar as pessoas. Ontem dizia-me um de vós: «Para a Igreja, este não é o tempo dos despedimentos, mas o tempo do acolhimento». «Não vieram ao banquete...» – Ide pelas encruzilhadas. Todos, todos! «Mas são pecadores!» – Todos.

Depois, a segunda Leitura propôs-nos as palavras de Paulo que, repassando toda a sua vida, afirma: «combati a boa batalha» (2 Tm 4, 7). O Apóstolo refere-se às inúmeras situações, às vezes marcadas pela perseguição e a tribulação, em que não se poupou a anunciar o Evangelho de Jesus. Agora, no final da vida, vê que, na história, está ainda em curso uma grande «batalha», porque muitos não estão dispostos a acolher Jesus, preferindo correr atrás dos seus próprios interesses e doutros mestres mais condescendentes, mais facilitadores, mais conformes à nossa vontade. Paulo enfrentou o seu combate e, agora que terminou a corrida, pede a Timóteo e aos irmãos da comunidade para continuarem esta obra com a vigilância, o anúncio, o ensino; enfim, cada um cumpra a missão que lhe foi confiada e faça a própria parte.

É uma Palavra de vida, também para nós, despertando a consciência de que, na Igreja, cada um é chamado a ser discípulo-missionário e a prestar a sua contribuição. Aqui vêm-me ao pensamento duas perguntas. A primeira: Que posso fazer eu pela Igreja? Não lamentar-me da Igreja, mas empenhar-me em prol da Igreja. Participar com paixão e humildade: com paixão, porque não devemos ficar espectadores passivos; com humildade, porque envolver-se na comunidade nunca deve significar ocupar o centro do palco, nem sentir-se o melhor impedindo aos outros de se aproximarem. Igreja em processo sinodal significa isto: todos participam, mas ninguém no lugar dos outros ou acima dos outros. Não há cristãos de primeira e segunda classe; mas todos, todos são chamados.

Entretanto participar significa também continuar aquela «boa batalha» de que fala Paulo. Trata-se realmente duma «batalha», porque o anúncio do Evangelho não é neutral – por favor! Que o Senhor nos livre de destilar o Evangelho para o tornar neutral: o Evangelho não é água destilada –, não deixa as coisas como estão, não aceita a cedência às lógicas do mundo, mas acende o fogo do Reino de Deus lá onde, ao contrário, reinam os mecanismos humanos do poder, do mal, da violência, da corrupção, da injustiça, da marginalização. Desde que Jesus Cristo ressuscitou, agindo como linha divisória da história, «começou uma grande batalha entre a vida e a morte, entre esperança e desespero, entre resignação ao pior e luta pelo melhor, uma batalha que não conhecerá tréguas até à derrota definitiva de todas as forças do ódio e da destruição» (C. M. Martini, Homilia na Páscoa da Ressurreição, 04/IV/1999).

Vimos a primeira pergunta; agora a segunda: Que podemos fazer juntos, como Igreja, para tornar o mundo em que vivemos mais humano, mais justo, mais solidário, mais aberto a Deus e à fraternidade entre os homens? Certamente não devemos fechar-nos nos nossos círculos eclesiais nem perder-nos em certas discussões estéreis. Cuidado para não cairdes no clericalismo; o clericalismo é uma perversão. O ministro que se faz clerical adotando atitudes clericais, embocou um caminho errado; pior ainda são os leigos clericalizados. Estejamos atentos a esta perversão que é o clericalismo. Ajudemo-nos a ser fermento na massa do mundo. Juntos, podemos e devemos fazer gestos cuidadores a bem da vida humana, da tutela da criação, da dignidade do trabalho, dos problemas das famílias, da condição dos idosos e de quantos se veem abandonados, rejeitados e desprezados. Enfim, ser uma Igreja que promove a cultura do cuidado, da ternura, a compaixão pelos frágeis e a luta contra toda a forma de degradação, incluindo a das nossas cidades e dos lugares que frequentamos, para resplandecer na vida de cada um a alegria do Evangelho: esta é a nossa «batalha», este é o nosso desafio. As tentações para ficar no passado são muitas; a tentação da nostalgia que nos faz olhar para outros tempos como sendo melhores. Por favor, não caiamos no saudosismo, neste saudosismo de Igreja que está na moda hoje.(…)

Pedro e Paulo intercedam por nós, intercedam pela cidade de Roma, intercedam pela Igreja e pelo mundo inteiro. Amen.

Texto: Retirado do Site do Vaticano em 02.07.2022- http://www.vatican.va/

Imagem: Retirada da "Google imagens" em 02.07.2022