Oferecer
o dia
A tua bondade, Senhor, é tão humilde que aceita receber os
presentes que nos destes, como oferta nossa. Tudo é dom teu nas nossas vidas. A
própria alegria e paz que sinto no meu coração não foram inventadas por mim,
mas são fruto da tua sementeira de graça no campo da minha alma. Quem de nós
consegue ser melhor se não for o Espírito de Deus a conceder-nos a força para
ultrapassar o que é fácil e agradável? Por isso, rezo transbordando de
gratidão:
Amicíssimo Deus, o meu
oferecimento hoje chama-se devolução. Tudo o que é bom na minha vida é dádiva
tua: o que sou e tenho, a minha família e amigos, de Ti vieram como prenda
imerecida. O sol que ilumina a face da terra, as árvores que me entregam suas
flores e frutos, as águas das fontes e rios que nos matam a sede e fertilizam
os campos, tudo tem a tua divina assinatura com uma dedicatória para mim e meus
irmãos e irmãs. Vivo circundado de presentes da tua generosidade amorosa e
gratuita. Quero passar o dia de hoje a conjugar o verbo devolver,
entregando-Te, Senhor, o que continuamente me dás sem medida.
(…)
Entregar
a Noite
Sei que Tu, meu Senhor e meu Deus, não dormes nunca, mas
vigias sempre para que nós possamos descansar. Que alegria é ter um Deus assim!
Em agradecimento, quero dedicar-te esta minha noite e o meu repouso, os meus
sonhos e desejos. Ao jeito do incansável S. Paulo, com devoção exclamo: Já não sou eu que durmo e descanso. É Jesus
que o faz em mim.
Manuel Morujão, s.j.
“Retirado da revista “ Mensageiro do Coração de Jesus”
edição de Outubro de 2013.”
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