“ Na Primeira tarde
desse dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos
se achavam juntos, com medo dos judeus,
veio Jesus pôr-se no meio deles e disse-lhes: «A paz seja convosco». Dizendo
isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se
os discípulos, vendo o Senhor. E Ele disse-lhes de novo: « A paz seja convosco.
Assim como o Pai Me enviou, também Eu
vos envio a vós». Dito isto soprou sobre eles e disse-lhes: « Recebei o Espírito
Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a
quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos».” Jo, 20, 19-23
Neste maravilhoso trecho Pascal e Missionário, a Misericórdia está “sublinhada”.
Toda a vida de Jesus está centrada no amor, um Único Amor , o Amor de Deus. Jesus quer que
todos nós participemos nesse mesmo Amor : “Dei-lhes a conhecer o Teu nome e dá-lo-ei a
conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles
também» Jo 17, 26. Por Jesus, e em Jesus, somos convidados a permanecer no seio da Santíssima Trindade.
O Coração de Jesus está aberto para todos alcançar. Chagas abertas por amor ao Pai,
e por toda a humanidade. Suas mãos foram presas ao madeiro para
nos libertar. Jesus pagou a nossa dívida, o nosso resgate, todos os nossos
pecados. O Verdadeiro Homem e Vedadeiro Deus, morreu e
Ressuscitou por nós, pobres e pecadores, eis a mensagem a anunciar!
Para que “a paz seja connosco”, é preciso em primeiro lugar perdoar-nos a nós próprios,
aceitarmos as nossas fragilidades, as
nossas fraquezas, medos, faltas de amor (…), e com confiança, ao Pai tudo entregar. Antes de termos sido concebidos, Ele primeiro nos
amou, sim, o Nosso Pai muito nos amou e nos ama.
Para que “ a paz seja connosco” é preciso perdoarmos quem nos ofende. Se sou
marido, tenho que perdoar a esposa , os filhos, se quero anunciar Jesus com a minha vida. Se sou
filho, tenho que perdoar os meus pais, os meus familiares, se quero anunciar Jesus
com a minha vida. Se sou padre ou religioso , tenho que saber perdoar as
comunidades, os irmãos, os colegas, se
quero anunciar Jesus com a minha vida. Se sou catequista, tenho que perdoar os meus catequizandos se lhes quero anunciar Jesus com a minha vida(...). Se não for capaz de perdoar o meu
próximo, nesses momentos, não sou capaz de anunciar Jesus com a minha vida.
Na “Missão dos senta e dois discípulos”, os que Jesus convocou e enviou dois a dois, quando voltaram, diz o Texto Sagrado: “ (…) regressaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até
mesmo os demónios se nos sujeitaram em Teu nome!» Lc ,10,17. Mas, mais adiante, Jesus lhes dirá: “Contudo, não vos alegreis, porque os espíritos
vos obedecem , alegrai-vos , antes, por estarem os vossos nomes escritos nos
Céus». Foi esta alegria que os discípulos sentiram ao verem Jesus Ressuscitado,
Ele morreu e Ressuscitou, então, com Ele
morrerão e com Ele onde Ressuscitar ! É com esta alegria que devemos anunciar
Jesus!
Um pouco depois da passagem Bíblica do “ envio dos
setenta e dois discípulos", um dos Seus discípulos pediu a Jesus para os ensinar a rezar. Jesus respondeu-lhes assim: “(…)«
Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso
reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos
pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende. E não nos sujeiteis à tentação».” Lc11,2-4.
Mais uma vez, o perdão se apresenta como uma condição básica para prosseguirmos
o nosso caminho.
Enviai Senhor o Vosso Espírito, e fazei de nós instrumentos da Vossa Paz e Misericórdia . Ámen.
Diac. José
Luís Leão
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